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'CECILIA II", A POESIA DE LASANA LUKATA

Lasana Lukata


Cecília II

as nuvens impedem
que o sol se levante,
se esconde Cecília
atrás do horizonte.
a lancha tão cinza,
a garça tão branca,
o spray marinho,
spray vigorante,
e o céu que desgasta
o nosso semblante,
vi saindo Cecília
de trás do horizonte.
talvez um delírio,
quiçá refração
do peixe real
e do virtual,
antiga linguagem,
quiçá é palavra
detrás do horizonte.
na lancha Cecília
busquei passageiro,
busquei marinheiro,
busquei na esperança,
com onda tão mansa,
conversa tão boa,
a lancha tão tíbia,
a lancha tão lenta,
de craca comida,
ingerindo o instante,
e a lancha Cecília
cruzando o horizonte,
o tempo põe tudo
atrás do horizonte.




_______________________
LASANA LUKATA é poeta por usucapião, nascido, criado e sofrido em São João de Meriti, o Formigueiro das Américas, tendo publicado recentemente os livros: A Madrasta de Pedra e A garça finge sua brancura, editora Autografia. A garça é sua professora de esgrima e ele mesmo diz: meus olhos são dois cavalos rebeldes, que de repente disparam pra longe e regressam com as patas sujas de versos.

Um comentário

Cecilia B. Silveira-Marroquin disse...

Amei este poema....principalmente por causa do nome.