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"CENTELHAS", UMA POESIA DE LUZ, PLUMAS, VÉUS E VELAS. POR LASANA LUKATA




centelhas

delgada garça
corpo branco
donde arranco
meus poemas

uma brancura
de deter gente

a branca cera
das abelhas
a branda cera
das centelhas
dá-me luz
a tênue luz
dos portos
fosforescentes
vaga-lumes
pingentes
comoventes
em teus seios

delgada garça
corpo branco
onde tranco
meus poemas
tão branco
que faz sombra
tão branco
que receio
se me levas
em teus voos
claridades
de outono

delgada garça
não és de cera
figura de museu
nem eu Orfeu

por mim
que vim ao mundo
já cadáver
somente as velas
se derretem





____________________________


Lasana Lukata é poeta por usucapião, nascido, criado e sofrido em São João de Meriti, o Formigueiro das Américas, tendo publicado recentemente os livros: A Madrasta de Pedra e A garça finge sua brancura, editora Autografia. A garça é sua professora de esgrima e ele mesmo diz: meus olhos são dois cavalos rebeldes, que de repente disparam pra longe e regressam com as patas sujas de versos.


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