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CURIOSIDADE COMPASSIVA: O MÉTODO DE AUTOINVESTIGAÇÃO MAIS NOBRE PARA SE CONHECER E CURAR TRAUMAS

Imagem: Página do Facebook do Dr. Gabor Maté
Um método refinado pelos anos de experiência clínica do Dr. Gabor Maté*
Tradução Livre: Revista Biografia

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Atender aos nossos próprios processos cognitivos, desde a nossa ansiedade ao nosso entusiasmo, com curiosidade compassiva pode ser a chave para levar uma vida mais consciente, capaz de viver o presente, livre de ataduras da identidade. O método de investigação curiosa ou curiosidade compassiva foi desenvolvido pelo Dr. Gabor Maté, renomado especialista em vícios e traumas, que ajuda as pessoas a integrar seus processos psíquicos e a resolver problemas de saúde mental.

A base da investigação compassiva reside no cultivo da compaixão por si mesmo. Através de uma gentil curiosidade, as raízes do nosso sofrimento são exploradas, não para julgar, mas para compreender e curar. É aqui que entra o princípio orientador da curiosidade. Há uma vontade de saber, de se interessar, um olhar atento, que não nos pergunte “por que você está assim?” É uma forma de abordar nossos sofrimentos e problemas com curiosidade, em vez de medo, para criar um espaço seguro. para exploração e introspecção. Esta “aventura interior” pode ser uma fonte de crescimento e autodescoberta. A segurança que esse olhar gentil e curioso permite é o que permite que nossos traumas sejam mostrados e curados, ao não serem condenados, mas aceitos e, portanto, reprocessados. Da mesma forma, essa segurança que vem de um estado de atenção amorosa é o que reativa na pessoa a possibilidade de reviver a experiência cotidiana como um jogo. E no jogo, como aponta o Dr. Maté, reside a possibilidade da alegria.

O outro aspecto é a presença. O sujeito questionador está totalmente presente, momento a momento, aberto ao que está acontecendo, livre de julgamentos. Isto permite uma compreensão e uma conexão mais profundas entre as próprias camadas do ser ou, no caso de aplicar isso a outra pessoa, entre indivíduos.

Outro elemento essencial para transcender as fraturas do passado é a exploração. Ao examinar nossos pensamentos, sentimentos e sensações corporais, descobrimos os padrões e crenças subjacentes que moldam nossas vidas. Aqui, novamente, o elemento-chave é a exploração com curiosidade e sem julgamento.

De tudo isto deriva uma atitude nova e mais fresca perante o mundo e a possibilidade de enfrentar as coisas não mais a partir de uma antiga ansiedade ou ressentimento, mas de uma abertura ao prazer do mistério. Segundo o Dr. Maté, além disso, essa atitude nos permite conhecer melhor a realidade. "A curiosidade compassiva dirigida a si mesmo leva à verdade das coisas." Tal como no caso da atenção cultivada pelo meditador, esta curiosidade compassiva permite-nos observar qualquer objeto com uma luz mais clara e com menos projeções. A beleza, a bondade e a verdade das coisas, tornam-se algo que nos convida constantemente a perceber.

A investigação compassiva, baseada na curiosidade, não na apreensão, com um olhar que não julga, mas sim apoia para que a coisa se manifeste, nos lembra um pouco a ideia de atenção no seu nível mais elevado, que, segundo Simone Weil, é igual ao amor. Sob esta forma de olhar, pode-se reter os velhos complexos, a vergonha, o sentimento de ser inadequado, etc., e simplesmente dizer: “Quero saber por que sinto isso, é um mistério, mas não há nada de errado em mim”, pois, precisamente, o amor é essa mesma natureza que não julga, que apenas acolhe e nutre.



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*Gabor Maté (Budapeste, 6 de janeiro de 1944) é um médico e autor húngaro-canadense. Ele tem experiência em saúde da família e um especial interesse no desenvolvimento infantil, trauma e potenciais impactos ao longo da vida na saúde física e mental, ⁣ incluindo doenças autoimunes, câncer, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ⁣ vícios e uma ampla gama de outras condições. A abordagem de Maté ao problema do vício se concentra no trauma que seus pacientes sofreram e como conseguiram a recuperação. Em seu livro In the Realm of Hungry Ghosts: Close Encounters with Addiction (ainda sem tradução), Maté discute os tipos de trauma sofridos por pessoas com transtornos por uso de substâncias e como isso afeta a tomada de decisão delas na vida adulta. A teoria de Maté enfoca a conexão entre a saúde mental e corporal. Figura como autor de quatro livros abordando os seguintes assuntos: TDAH, estresse, psicologia do desenvolvimento e vício. É colunista regular do Vancouver Sun e do The Globe and Mail.





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(Com informações do site PIJAMASURF E WIKIPÉDIA)

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