OS ELEFANTES DÃO NOMES PRÓPRIOS AOS SEUS BEBÊS (ESTUDO)

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Os elefantes dão nomes próprios aos seus bebês (estudo)

Por: Cristhian Pagot

Tradução Livre: Revista Biografia

No coração do Quênia, os elefantes revelam uma habilidade incrível: nomear seus filhotes com “roncos” únicos.

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No vasto e majestoso Parque Nacional Amboseli, no Quénia, os elefantes africanos (Loxodonta Africana ) revelam segredos que podem mudar a nossa compreensão da comunicação animal. Um estudo recente publicado na BioRxiv descobriu que estes gentis gigantes têm uma forma única de se identificarem: através de “nomes” sonoros, específicos de cada indivíduo.

Este estudo, liderado por Michael A. Pardo e colaboradores como Kurt Fristrup, David S. Lolchuragi, Joyce Poole, Petter Granli, Cynthia Moss, Iain Douglas-Hamilton e George Wittemyer, foi publicado na revista acadêmica BioRxiv e representa um significativo avançar em nossa compreensão da comunicação animal.

A equipe investigou as vocalizações dos elefantes, conhecidas como “rumbles”, e descobriu que esses sons são específicos de cada elefante, funcionando como uma forma de identificação pessoal. Ao contrário de outros animais, como os golfinhos e os papagaios, que imitam os chamados dos outros para comunicar, os elefantes utilizam um método não imitativo, sugerindo uma surpreendente complexidade e capacidade de abstração.

Os pesquisadores registraram 527 cantos de elefantes no ecossistema Samburu e 98 em Amboseli. Usando um modelo de computador, eles identificaram ruídos específicos para 119 indivíduos, com base em quem atendeu ou se aproximou quando ouviu a chamada. Esta descoberta é significativa porque mostra que os elefantes não só comunicam, mas também reconhecem e respondem a chamados específicos que lhes são dirigidos.

Usando um modelo de floresta aleatória , os pesquisadores conseguiram prever a identidade do destinatário das chamadas com maior precisão do que o esperado pelo acaso. Além disso, observaram que os elefantes responderam de forma diferente às gravações de chamadas originalmente dirigidas a eles em comparação com aquelas dirigidas a outros indivíduos, indicando que podem determinar se uma chamada foi dirigida especificamente a eles.

Essa descoberta é surpreendente e nos leva a apreciar ainda mais a complexidade desses seres. Não só demonstra uma estrutura social sofisticada entre os elefantes, mas também nos faz questionar o que sabemos sobre a comunicação no reino animal. Os elefantes, com a sua memória impressionante e agora a sua capacidade de nomear, ensinam-nos que há muito mais no seu mundo do que podemos perceber.

A investigação em Amboseli não é apenas um avanço na zoologia e no comportamento animal, mas é também um lembrete fascinante da ligação que partilhamos com o mundo natural. Os elefantes, com os seus “nomes” únicos, mostram-nos que cada animal tem uma identidade e uma história para contar.

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Fonte: PIJAMASURF