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A rotina diária de 13 grandes escritores e o que eles fazem para continuar escrevendo [Junior Silva]

A rotina diária de 13 grandes escritores e o que eles fazem para continuar escrevendo


Artigo publicado no site PapodeHomem 

por Junior Silva 

Eu adoro escrever. Aliás, descobri há pouco tempo que é o que eu mais gosto de fazer. Porém, mesmo adorando todos os minutos no qual faço isso, tenho problemas em seguir rotinas que, não só possibilitem, mas me incentivem a fazê-lo todos os dias.

Levando-se em conta que só conheço quatro formas de melhorar a escrita – ler, escrever, ler mais e escrever mais – eu sabia que tinha que melhorar, principalmente na parte de escrever. Então, com isso em mente, recorri ao Google e encontrei o que procurava em um só lugar.

Acontece que, inspirada por uma carta escrita por Kurt Vonnegut à sua mulher, onde ele descrevia sua rotina diária, Maria Popova foi atrás de entrevistas e diários de escritores famosos a fim de conhecer mais sobre seus horários e hábitos. Ela colocou tudo o que conseguiu achar em seu site, o Brainpickings, e eu traduzi livremente os relatos abaixo, com uma pequena introdução e um comentário no final. 


Ray Bradbury


Ray Bradbury é autor do livro O Zen e a Arte da Escrita, onde compartilha ensinamentos valiosos para quem aspira tal profissão. Ele disse, em entrevista para o The Paris Review:

“Minha paixão me leva à máquina de escrever todos os dias da minha vida, e ela tem feito isso desde que eu tinha 12 anos. Então, nunca tive que me preocupar com cronogramas. Alguma coisa nova está sempre explodindo em mim, e é isso que me programa, eu não faço nada. Ela diz: ‘Vá para a máquina de escrever agora mesmo e termine isso.’
Eu consigo trabalhar em qualquer lugar. Escrevi em quartos e salas de estar na adolescência com meus pais e meu irmão em uma pequena casa em Los Angeles. Eu trabalhava em minha máquina de escrever na sala, com o rádio, meu pai, minha mãe e meu irmão, todos falando ao mesmo tempo. Mais tarde, quando queria escrever Fahrenheit 451, eu encontrei na UCLA uma espécie de sala de escrever, em um porão, onde você colocava uma moeda de 10 centavos na máquina e comprava 30 minutos de tempo de escrita.”
Interessante observar que, mesmo afirmando não ser atrapalhado pelos ruídos característicos de sua casa, Bradbury sentiu necessidade de procurar um local mais calmo e reservado para escrever aquela que viria a ser sua maior obra.




“Eu preciso de uma hora sozinha antes do jantar, com uma bebida, para repassar tudo o que fiz naquele dia. Não posso fazer isso no final da tarde porque ainda estou muito envolvida com tudo. Além do mais, a bebida ajuda. Isso me remove das páginas. Eu passo essa hora removendo algumas coisas e adicionando outras. Então eu começo o próximo dia refazendo tudo o que fiz no anterior, seguindo as notas que tomei nesta hora. Quando estou realmente trabalhando, não gosto de sair nem ter ninguém para o jantar, senão eu perco a hora. E se eu não a tenho e começo o dia seguinte com somente algumas páginas ruins e nenhum lugar para ir, fico desanimada.

Outra coisa que preciso fazer, quando estou perto do final do livro, é dormir no mesmo quarto que ele. Esse é o motivo de eu ir pra casa em Sacramento para terminar coisas. De alguma forma, o livro não sai quando você está dormindo bem ao seu lado. Em Sacramento, ninguém se preocupa se eu apareço ou não, eu posso simplesmente acordar e começar a escrever.”

Pra mim tem sido fundamental o ato de ler, reler e editar meus próprios textos. Acredito que seja uma medida que deva ser tomada por qualquer um que leve sua escrita a sério. Embora não seja tema abordado por todos os escritores aqui presentes, é interessante comparar com aqueles que o citam, o momento e as condições consideradas ideais para isso.



Falou sobre sua relação com o barulho na mesma entrevista em que disse uma das frases mais emblemáticas e inspiradoras para oato de escrever:

“Eu nunca ouço música quando estou escrevendo. Eu não manteria a atenção necessária e não desfrutaria disso de forma nenhuma. Por outro lado, consigo trabalhar razoavelmente bem com distrações usuais.

Minha casa tem uma sala de estar que está no meio de tudo o que acontece: é passagem para a adega, para a cozinha, para o gabinete onde fica o telefone. Tem muito tráfico. Mas é uma sala viva, alegre, e eu frequentemente a uso para escrever, apesar do carnaval que acontece ao meu redor. Uma garota passando vassoura no tapete sob a mesa da minha máquina de escrever nunca me incomodou particularmente, nem tirou meu foco do trabalho, a não ser que a garota seja excepcionalmente bonita ou desajeitada.

Minha mulher, graças a Deus, nunca foi protetora comigo, como, me disseram, as mulheres de alguns escritores são. Em consequência, os membros da minha família não dão a mínima para o fato de eu ser um escritor – eles fazem todo o barulho e a bagunça que querem. Se eu me canso disso, tenho lugares onde possa ir. O escritor que espera por condições ideais para trabalhar vai morrer sem colocar uma palavra no papel.”

Escreveu em seu diário em 1977:

“Começando amanhã — senão hoje:

Eu vou acordar toda manhã no mais tardar oito horas. (Posso quebrar essa regra uma vez por semana.)

Eu vou almoçar somente com Roger [Straus]. (Não, eu não vou almoçar fora. Posso quebrar essa regra uma vez a cada duas semanas.)

Eu vou escrever no caderno de anotações todos os dias. (Modelo: Lichtenberg’s Waste Books.)

Eu vou falar para as pessoas não ligarem pela manhã, ou não atenderei ao telefone [se ligarem].

Eu vou tentar restringir minhas leituras para as noites. (Eu leio muito – como uma fuga para não escrever.)

Eu vou responder cartas uma vez por semana. (Sexta? – Tenho que ir no hospital, de qualquer forma.)”

Então ela falou para o The Paris Review, duas décadas depois:

“Eu escrevo com uma caneta hidrográfica, ou, às vezes, um lápis, em blocos de anotações amarelos ou brancos, aquele fetiche de escritores americanos. Eu gosto da lentidão da escrita à mão. Então eu digito isso e depois rabisco tudo. E continuo redigitando, sempre fazendo correções, tanto à mão quanto diretamente na máquina de escrever, até que não veja mais como tornar aquilo melhor. Até cinco anos atrás, era assim.

Desde então há um computador em minha vida. Depois do segundo ou terceiro rascunho isto vai para o computador, então eu não redigito todo o manuscrito mais, mas continuo revisando à mão numa sucessão de rascunhos e cópias para o computador.

[…]

Eu escrevo em jorros. Escrevo quando tenho que escrever, quando a pressão aumenta e sinto confiança suficiente que algo amadureceu em minha cabeça e eu tenho que escrever isto. Quando algo está realmente a caminho, eu não quero fazer mais nada. Eu não saio de casa, na maioria das vezes me esqueço de comer, eu durmo muito pouco. É uma forma de trabalho bem indisciplinada e não me faz muito prolífica. Mas eu estou muito interessada em várias outras coisas.” 

Henry Miller



Em 1932, Henry Miller escreveu seus 11 mandamentos da escrita, numa seção intitulada Rotina Diária:

“MANHÃS:

Se estiver inseguro, digitar notas e alocar, como estímulo.

Se estiver bem, escreva.

TARDES:

Trabalhar a sessão à mão, seguindo o plano escrupulosamente. Sem intromissões, sem diversão. Escrever para terminar uma sessão por vez, definitivamente.

NOITES:

Ver amigos. Ler em cafés.

Explorar lugares desconhecidos – a pé, se estiver seco, de bicicleta, se estiver molhado.

Escreva, se estiver no clima, mas em menor volume.

Pinte se estiver sem ideias ou cansado.

Faça notas, faça gráficos, planos.

Nota: Conceder tempo suficiente durante o dia para uma ocasional visita a um museu ou um rascunho ou uma volta de bicicleta. Rascunhos em cafés e trens e ruas. Corte os filmes! Bibliotecas para referências uma vez por semana.

Também para o The Paris Review, Simone de Beauvoir disse:

“Eu sempre estou com pressa para iniciar, embora, em geral, não goste de começar o dia. Primeiro eu tomo chá e, então, por volta das dez da manhã, começo e trabalho até à uma da tarde. Então eu vou ver meus amigos e após isso, às cinco da tarde, volto ao trabalho e sigo até às nove. Eu não tenho dificuldades em recuperar o fio da meada à tarde. Quando você sair, eu vou ler o jornal ou talvez fazer compras. [Mas] Na maioria das vezes é um prazer trabalhar.

[...]

Se o trabalho está indo bem, eu passo de quinze a trinta minutos lendo o que eu escrevi no dia anterior, e faço algumas correções. Então eu continuo daí. A fim de recuperar o segmento eu leio tudo o que escrevi.”



Hemingway é responsável por um dos relatos mais interessantes e, com certeza, o mais apaixonado pela literatura:

“Quando estou trabalhando em um livro ou uma história, eu escrevo toda manhã no mais próximo ao amanhecer possível. Não há ninguém para te perturbar e é fresco ou frio e você vai para seu trabalho e se aquece ao escrever. Você lê o que havia escrito e, como você sempre para quando sabe o que vai acontecer a seguir, você segue dali.

Você escreve até chegar num lugar onde ainda tenha sua essência e saiba o que vai acontecer depois, então você para e tenta viver até o próximo dia, quando volta a isso.

Você começa às seis da manhã, digamos, e pode continuar até o meio-dia ou seguir após isso. Quando você termina, está tão esgotado e ao mesmo tempo tão carregado, que é como se estivesse feito amor com alguém que você ama. Nada pode machucá-lo, nada pode acontecer, nada importa até o próximo dia quando você faz isso de novo. A espera até o próximo dia que é a parte difícil.”

Hemingway chama atenção para duas características singulares: a primeira é escrever em pé, prática que descobri ser mais comum doque imaginava e a segunda e mais interessante, é o hábito de sempre encerrar o dia no meio de uma ação.

Pode parecer estranho, mas, para mim, faz total sentido. Como ele mesmo disse, a tentação de continuar escrevendo e atirar todas aquelas cenas engatilhadas em sua cabeça é grande. Mas, desta forma, a retomada no dia seguinte se torna muito mais fácil, visto que você já sabe exatamente para onde está indo.

Além do mais, considero o começo a parte mais difícil. Depois que começo a escrever, imagens costumam brotar em minha cabeça, facilitando a continuidade da história.


“Eu trabalho de manhã em uma máquina de escrever manual. Faço por volta de quatro horas e então vou correr. Isso ajuda a me livrar de um mundo e entrar em outro. Árvores, pássaros, garoa – é um bom tipo de interlúdio. Então eu trabalho de novo, no final da tarde, por duas ou três horas.

O esporte está presente na rotina de muitos escritores. É, indubitavelmente, uma excelente forma de clarear as ideias, aquela distância que se faz necessária às vezes, para que possamos enxergar as coisas melhor. Além de ser renovador.

De volta ao tempo do livro, que é transparente – você não sabe que está passando. Sem lanche, comida ou café. Sem cigarros – eu parei de fumar há muito tempo. O espaço é limpo, a casa é quieta. Um escritor toma medidas sérias para garantir sua solidão e então encontra infinitas maneiras de desperdiçá-la.

Olhando pela janela, olhando entradas aleatórias no dicionário. Para quebrar o feitiço eu olho para uma fotografia de Borges, um ótimo retrato enviado para mim pelo escritor irlandês Colm Tóin. O rosto de Borges contra um fundo escuro – Borges feroz, cego, sua narina escancarada, sua pele esticada, com a boca incrivelmente viva; sua boca parece pintada; ele é como um xamã pintado por visões, e todo o rosto tem uma espécie de arrebatamento férreo.

Eu li Borges, é claro, embora esteja longe de ter lido tudo, e não sei nada sobre a forma com que ele trabalhava – mas a fotografia nos mostra um escritor que não desperdiça tempo na janela ou em qualquer outro lugar. Então eu tento transformá-lo em meu guia que me leva da letargia e da deriva, para um mundo de magia, arte e adivinhação.”
As divagações, enquanto escrevo, são um problema. Muitas vezes me pego “olhando pela janela”, longe do assunto que estou escrevendo. E nem sempre posso colocar a culpa na TV ou no barulho ao meu redor.


“Quando estou em ‘modo escrita’ para um romance, eu acordo às 4:00 am e trabalho por cinco ou seis horas. À tarde, corro por 10km ou nado por 1500m (ou faço os dois). Então, leio um pouco e ouço musica. Eu vou para cama às 9:00 pm. Mantenho tal rotina todos os dias, sem variações. A repetição em si se torna a coisa importante; é uma forma de mesmerismo. Eu me auto mesmerizo para alcançar um estado mental mais profundo.
Mas suportar tal repetição por tanto tempo — seis meses a um ano — requere uma boa quantia de força mental e física. Nesse sentido, escrever uma longa novela é como um treino de sobrevivência. Força física é tão necessária quanto sensibilidade artística.”



Declarou para o Paris Review, em 2011:

“Quando estou escrevendo um livro, levanto às sete. Checo meu e-mail e faço abluções da Internet, como fazemos nos dias de hoje, e tomo uma xícara de café. Três dias por semana eu faço pilates e volto entre dez e onze da manhã. Então eu sento e tento escrever. Se absolutamente nada estiver surgindo, me dou permissão para ir cortar a grama. Mas, geralmente, só me sentando e realmente tentando é o suficiente para começar algo.
Eu paro para o almoço, volto e escrevo mais. E em seguida, geralmente, um cochilo. Cochilos são essenciais para o meu processo. Não os sonhos, mas aquele estado adjacente ao dormir, a mente ao acordar.

[...]

À medida que avanço, o livro vai se tornando mais exigente. No começo, eu trabalho cinco dias na semana, sendo cada dia das dez às cinco, aproximadamente, com uma pausa para o almoço e o cochilo. No final estou trabalhando todos os dias, podendo chegar a doze horas por dia.
Perto do fim do livro, o estado de composição está mais complexo, um estado quimicamente alterado que irá embora se eu não continuar dando o que ele precisa. E o que ele precisa é, simplesmente, escrever o tempo todo. O tempo de inatividade que não seja dormir se torna problemático. Fico sempre contente de ver isso para trás.”

Sobre seu dia para o The Paris Review, em 1990:

Eu escrevo pela manhã, vou pra casa por volta do meio-dia e tomo um banho, porque escrever, como você sabe, é trabalho duro, então você tem que fazer uma dupla purificação. Aí eu saio, faço compras e finjo ser normal. Eu me faço de sã – Bom dia! Tudo bem, obrigada. E você? – e vou embora.

Eu preparo meu jantar e, se tiver convidados, uso velas, toco música boa e todas essas coisas. Depois de me livrar de todos os pratos eu leio o que escrevi naquela manhã. Na maioria das vezes, se escrevi nove páginas eu vou conseguir salvar umas duas e meia ou três. Esta a parte mais cruel, sabia? Admitir que aquilo não está bom. Quando eu termino umas cinquenta páginas e as leio – cinquenta aceitáveis páginas – não é tão ruim.



Foi simples e direta ao escrever no terceiro volume de seus diários, em 1941:

“Eu escrevo minhas histórias de manhã, e meu diário à noite.”

E então, no quinto volume, em 1948, ela escreveu:

“Eu escrevo todos os dias… Faço meus melhores trabalhos pelas manhãs.”

E, por último, a rotina de Kurt Vonnegut, descrita com seu humor habitual, em uma carta, direcionada à sua mulher, em 1965:

Em uma vida sem rumo como a minha, sono, fome e trabalho organizam-se sozinhos para serem atendidos, sem me consultarem. E eu estou tão feliz que eles não me consultaram sobre os detalhes cansativos.

O que eles têm decidido é o seguinte: Eu acordo às 5:30, trabalho até às 8:00, tomo café da manhã em casa, trabalho até às 10:00, ando alguns quarteirões pela cidade, mando recados, vou até a mais próxima piscina municipal, da qual eu tenho toda para mim, nado por meia hora e retorno para casa às 11:45, leio as correspondências e almoço ao meio-dia.

À tarde eu faço trabalho escolar, seja dar aula ou prepará-la. Quando chego em casa da escola, por volta das 5:30, eu entorpeço meu vibrante intelecto com vários shots de whisky com água ($5.50 na loja State Liquor, a única loja de bebidas da cidade. Embora haja um monte de bares.), faço o jantar, leio, ouço jazz (muita música boa nas rádios daqui) e deslizo para a cama às dez. Eu faço flexões e abdominais o tempo todo, e sinto que estou ficando magro e musculoso, mas talvez não.

Na noite passada, o tempo e meu corpo decidiram me levar ao cinema. Eu vi The Umbrellas of Cherbourg, o que me fez muito mal. Para um homem de meia-idade sem rumo como eu, foi de partir o coração. Está tudo bem. Eu gosto de ter meu coração partido.

O relato do bigodão de nome estiloso é, em minha opinião, o mais legal deles. Isso se deve, provavelmente, ao fato de ser uma carta escrita pelo próprio, direcionada à sua mulher, e não uma entrevista.

Algumas coisas podem ser tiradas desses relatos. A principal delas é que não existe fórmula vencedora. São pessoas diferentes com hábitos e horários diferentes. Embora a maioria aqui acorde cedo e tente manter alguns hábitos saudáveis, o velho Bukowski se tornou um grande escritor e viveuaté os 73 anos de idade seguindo na direção contrária.

Alguns preferem não detalhar muito o cronograma, deixando-se mais livres, enquanto Benjamin Franklin possuía uma planilha ridiculamente detalhada de todo o seu dia e Haruki Murakami faz as mesma coisas, todos os dias, religiosamente.

Outra coisa é que, ao contrário de todos eles, pouquíssimos dos entusiastas da escrita vivem do ofício, portanto, o tempo que sobra para ela é escasso. Porém, vendo hábitos tão diferentes e todos eficazes ao seu modo, fica muito mais fácil encontrarmos algo com que nos identifiquemos e, com uma adaptação aqui e ali, maximizarmos a produtividade no tempo que dedicamos a escrever.

Reforçando a ideia de que não existe fórmula, veja este incrível gráfico também resultado da extensa pesquisa feita pela Maria Popova, mostrando os horários em que 37 escritores famosos costumavam dormir/acordar e a relação com a produtividade de cada um deles:

E vocês, têm o hábito de escrever? O que fazem para produzir mais?

Estudante de Audiovisual e amante da literatura e dos videogames.

Um comentário

Anônimo disse...

Muito interessante seu artigo. Melhor ainda porque uma leitura leva a outra. Alguns escritores não conhecia e fui lá, xeretar a vida deles. Foi ótimo! Adorei saber que Ernest Hemingway escrevia em pé, assim como Johann Goethe. Até experimentei, é bem confortável.
Parabéns e obrigada pela excelente postagem.
Abraço