AS PLANTAS TÊM 15 SENTIDOS A MAIS QUE OS HUMANOS, EXPLICA NEUROBIOLOGISTA

As plantas têm 15 sentidos a mais que os humanos, explica neurobiologista

Por Juan Pablo Carrillo

Tradução livre: Revista Biografia

Stefano Mancuso, um dos maiores especialistas em inteligência vegetal, sobre a extraordinária capacidade sensorial das plantas

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As plantas são um reino subestimado na sua inteligência, vítimas da nossa visão antropomórfica da realidade. Não são apenas a peça fundamental da cadeia da vida na Terra, produzindo o oxigênio que vitaliza os animais; Eles também são seres extremamente perceptivos e sutis.

Numa entrevista, em 2017, a um jornal chileno , o neurobiólogo Stefano Mancuso, da Universidade de Florença, também fundador do Laboratório Internacional de Neurobiologia Vegetal, explica que, de fato, a ciência demonstrou que as plantas têm os mesmos cinco sentidos que os seres humanos e cerca de 15. adicional. Entre as capacidades hipersensoriais das plantas está a percepção de “mudanças elétricas, do campo magnético, do gradiente químico, da presença de patógenos” e outras. Mancuso esclarece que “as plantas têm cinco sentidos e mais 15. Elas não têm olhos e ouvidos como nós, mas percebem todas as gradações de luz e vibrações sonoras”.

Existe uma noção popular que sugere que as plantas gostam de música; Mancuso explica que, especificamente, as baixas frequências "entre 100 Hz e 500 Hz favorecem a germinação das sementes e o crescimento das plantas em direção à fonte daquele som, que equivale às frequências naturais como a da água corrente, mas falar ou cantar para plantas estão perdendo tempo. Também é possível que as plantas realizem uma forma de comunicação subterrânea, pois foi descoberto que as raízes produzem e percebem o som".

As plantas comunicam entre si e são capazes de manipular outras espécies em seu benefício:

Comunicam-se com outras plantas da mesma espécie através de moléculas químicas voláteis, enviando, por exemplo, mensagens de perigo. Se um inseto come suas folhas, a planta produz instantaneamente certas moléculas que se espalham por quilômetros e avisam que um ataque está em andamento.

Um exemplo disso:

Estudos recentes mostram que uma laranjeira ou um limoeiro em flor agem de maneira diferente dependendo da quantidade de pólen transportada pelo inseto. Se você tem muito pólen, a quantidade de cafeína no néctar aumenta para ativar o seu cérebro, para que ele se lembre daquela planta e volte. Se tiver pouco pólen, elimine a cafeína.

Não há dúvida de que as plantas devem ser apreciadas como seres inteligentes e de grande sutileza.

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Fonte: PIJAMASURF