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André Luiz Lacé Lopes [Poeta e escritor Brasileiro]


I - Formação Acadêmica e Profissional
Administração: EBAP/FGV, RIO/RJ, 1964.
Bacharel Universidade de Syracuse, N.Y. USA, 1971: Mestre
Jornalismo: Provisionado: Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Controle FENAJ nº 23399).
Sindicato RIO/RJ – Matrícula nº EF-6847 A B I – Jornalista Militante Matrícula nº 2255
 
II - Áreas de maior especialização profissional
*Execução
- Diagnósticos Institucionais e Gerenciais;
- Administração Pública;
- Planejamento Urbano e Municipal;
- Projetos Sócio-Esportivos e Culturais;
- Jornalismo & Pesquisa
 *Docência
- Teoria Geral da Administração
- Sistemas Gerenciais
- Administração de Serviços Públicos
- Administração de Recursos Humanos
- Administração Esportiva

 III - Atividades Atuais
- Consultor de Administração, Jornalista e Escritor

 
IV - Principais cargos/funções exercidos
- Redator e produtor. Rádio Roquette Pinto, RIO/RJ - (produção e apresentação
dos Programas “Roda de Capoeira” e “Esporte para Todos”
- Assessor Técnico e Professor, IBAM/ENSUR, RIO/RJ
- Professor Visitante, Universidade de Hartford, USA
- Superintendente Administrativo, Clube de Regatas do FLAMENGO, RIO/RJ
- Consultor de Planejamento Esportivo (no Panamá e na Venezuela)
- Diretor, Escritório de Assuntos da Juventude, OEA/USA
- Consultor do Programa de Iniciação Esportiva, PRIESP,
da Fundação Roberto Marinho
- Chefe de Gabinete, Secretaria de Estado e Esporte e Lazer/RJ
- Professor Universitário - UNESA/RIO e UERJ

 V – Diversos
- Membro de banca de mestrado, Universidade de George Washington.
Washington D.C. / USA, 80
- Autor de centenas de artigos sobre Administração Geral, Administração Pública,
Administração e Esportiva e Cultura Popular
- Assessor Especial (Capoeira) da Confederação Brasileira de Pugilismo (74);
- Conselheiro da Fundação RIO ESPORTE (Gestão Sergio Cabral)
- Palestrante, I Seminário sobre Cultura Brasileira em Nova York, l994
- Placa de Reconhecimento, Viterbo, Itália, 1999
- Cordel Branco de Mestre de Capoeira

- Viagens internacionais: Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru,
Venezuela, Panamá, Costa Rica, Trinidad e Tabago, Jamaica, Barbados,
Granada, República Dominicana, USA, Canadá, Portugal, Espanha, Itália,
Holanda, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Áustria, Checa (ou Tcheca),
Inglaterra, África do Sul e Ilha da Reunião (Oceano Índico).

- Literatura / Trabalhos premiados
1. Concursos Literários & FESP / Rio de Janeiro
1.1 “Afinal, você roubou ou não?” – Conto, 1994.
1.2 "Morro do Borel” - Poesia, 1º lugar - 1997
1.3 “Fasten your seat belt” - Poesia, 1998.
1.4 “Sonho de Quase-consumo” - Conto, 1999.
2. Concurso Literário aBrace (Uruguai & Brasil)
“Morro do Borel” (primeiro lugar novamente) - . Poesia, 2004.
“Morro do Borel”. Juegos Florales, 3º Lugar. Montevidéu, 2011
3. Concurso Literário – Guemanisse
3.1 Haicais sobre o Rio de Janeiro, 2006
3.2 Trovas, 2007
3.3 Morro do Borel (terceira vez!), 2008

- Livros Publicados
1. “Cidade do Esporte versus Cidade da Preguiça”. Rio, 1980
2. “Administração Esportiva, Administração Pública e outras administrações”,
MEC- CIDOCA/DF). Brasília, l994
3. “A Volta do Mundo da Capoeira”. Rio, 1999
4. “Capoeiragem no Rio de Janeiro: Sinhozinho e Rudolf Hermanny”.
Editora Europa, Rio de Janeiro, 2002.
5. “Capoeiragem no Rio de Janeiro, no Brasil e no Mundo”. Literatura de Cordel,
1ª Edição em 2004; 4ª Edição em abril/2007.
6. “L `Art de la Capoeira à Rio de Janeiro, au Brésil et dans le Monde”. Out/2005.
7. “Marraio Ferido Sô Rei”. Editora Europa – Nov/2007

VI - Dados de Cidadania
- Nascido em 06 de agosto de l938, Curitiba, Paraná
- Casado com Arly Silva e Lisboa Lacé Lopes, advogada e administradora
- Duas filhas: Dilcéa Maria Lacé Lopes (Astrologia & Pintura Poemas) e
Daniela Lacé Lopes (jornalista & tradutora – inglês)
- IFP nº 1388885; CPF nº 028.391.137.91; Passaporte nº CF719769
- Residência: Avenida Afrânio de Melo Franco nº 85 ap. 402 – Leblon.
RIO/RJ - BRASIL - cep 22.430-060
Tel.: (0XX/21) 2239-7117, Fax (0XX/21) 2511.0710; Celular 99842084
E-mail: alace@alternex.com.br
Leblon, RIO/RJ – 31 de outubro de 2011

 ***

FIESTA DE UMBANDA PARA UN HOMBRE SOLO
                                               André Luiz Lacé Lopes
                                 Coletânea em Espanhol aBrace – 2011

Claro, yo también llegué a pensar que era un superhombre
Ahora mismo, entre un calmante y otro, pienso salir volando
O galopando
al encuentro de mi hermosa Dulcinea
o desencontrar los simbólicos molinos de viento
“Marraio feridô sô rei”!
“Bola ou búlica”?
¡Cometa remontada no tiene dueño”!
¡Está con miedo el principiante, con cometa de papel”!? (1)
En el fondo, entretanto,
sé que el juego de bolita
no es ya más “una broma”
es “la verdad”
y ya no hago más
(por lo menos como antes)
de la luna llena mi cometa
Hoy soy apenas un hombre extremamente cansado
bajo el peso de una creciente nostalgia.
Un hombre con la humildad suficiente para sufrir
y, sobretodo, para no esconder más que está sufriendo.
Un hombre con coraje
- aunque todavía medio sin ganas -
de mirar a los ojos de Oxum
y dejar su alma sangrar de amor.
Este atabaque bate por mi corazón
que, hace mucho tiempo, paró de latir (sólo pega).
No sé dónde moriré
Cuando la última yayo(2) pare de danzar.

(1) Expresiones “cariocas” vinculadas al juego de bolita. Es importante tener en cuenta el momento justo de gritar: "Marraio feridô sô rei!", que da primacía a ser el último en tirar y por consiguiente, aumentar las posibilidades de golpear la bolita contrincante. Cuando el jugador desconfiaba que pudiera errar el tiro cerca de la búlica -tres hoyitos en fila-, gritaban para no perder el turno: “Bola ou búlica”.
(2) Iaô, en Iorubá significa “esposa de orixá”; en el Brasil indica la condición de recién iniciada. En la fiesta que marca la iniciación, la Iaô acostumbra hacer cuatro pariciones en público: “Salida de Oxalá”, “Salida de las Nações”, “Salida del Nombre” y “Salida de Ron”.

 ***

MORRO DO BOREL
André Luiz Lacé Lopes
Coletânea em Espanhol aBrace – 2011

Armado de grueso piolín
tiros y cola
el niño hizo de la luna llena
su cometa de papel
Y sondeó sus sueños
como jamás,
hasta entonces,
lo hiciera cualquier poeta
El primer rayo de sol, entretanto,
como bala perdida
(y adecuado corte)
entró en su ranchito
cortó su piolín y
secuestró sus sueños.

***
  
“FASTEN YOUR SEAT BELT”
André Luiz Lacé Lopes
Coletânea em Espanhol aBrace - 2011

I
Existen algunos encuentros, vivencias, amores
tan impresionantes, tan promisorios,
tan marcantes
que parecen definitivos.

II
Cuando acaban
quedan en el recuerdo
como asunto no resuelto completamente
como que fuesen bloqueados,
paradójicamente,
por su propia intensidad

III
Viajar, pañuelo blanco...
De un lado una gran terraza difusa
Del otro, una pequeña ventana
herméticamente cerrada
- “¿De quién será
y para quién será
el adiós de aquella ventana allí enfrente?

IV
El despegue
con la distancia crece,
van surgiendo las primeras nubes de nostalgia

V
Ay, si el corazón estuviese en la cintura
yo diría que el cinturón de seguridad sería para no dejarlo huir.


*** 
 
VIDA & MUNDO
- rimando de quando em vez
André Luiz Lacé Lopes
Coletânea em Espanhol aBrace – 2011

Garota do olhar tão triste
por onde anda seu coração?
Sorriso também existe
para quem está triste
sem ter razão...
Garota que parou no mundo
o mundo anda
apesar de sua dor
Mande esta tristeza embora
que não demora
surgirá um novo amor
É o eterno jogo da Vida
alternando alegria e dor
na proporção determinada
pelo Acaso ou pelo Senhor
(a critério do leitor)

VIDA & MUNDO
- rimando de vez en cuando
André Luiz Lacé Lopes
Coletânea em Espanhol aBrace – 2011

Muchacha de mirar tan triste
¿por dónde anda tu corazón?
Una sonrisa también existe
para quien está triste
sin razón...
Muchacha que detuvo el mundo
el mundo anda
a pesar de tu dolor
Aleja esa tristeza ahora
que sin demora
surgirá un nuevo amor
Es el eterno juego de la Vida
alternando alegría y dolor
en una proporción determinada
por el azar o por el Señor
(a criterio del lector)

***

CANDOMBE EM BOTAFOGO E NO URUGUAI
                                                                          Parte 1 / 2
                                     André Luiz Lacé Lopes
                                               Rio, 14.10.2011

De partida para mais uma viagem ao Uruguai tratei de entrar em contato com os Tocadores da Lua (Fernando), no Bairro de Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro. Do grupo (Fernando!), especializado em Candombe, recebi valiosa recomendação para procurar, em Montevidéu, Gustavo Fernández Zeballos, mestre no assunto.

Foi o grande compositor Elton Medeiros que primeiro me falou sobre Candombe, equivocadamente, por muitos, confundido com o Candomblé. Mais adiante, em Punta Ballena, na famosa Casapueblo, tive o prazer e a honra de receber das mãos de Carlos Páez Vilaró, seu instigante livro “Entre colores y tambores”. Instigante até pelo fato de mencionar a prática de algo aparentado a nossa Capoeira, a “riña de gallo” como praticada pelos escoberos do Candombe.

Só esse encontro, senhores, justificaria viagem a Montevidéu, muito embora, dessa vez, o objetivo básico era participar de mais um dos inusitados eventos da organização aBrace (é assim mesmo, aBrace), o 3eros Juegos Florales; onde e quando seria lançada coletânea literária na qual eu participava com cinco trabalhos. Dentro da série de encontros literários haveria concurso que premiaria os três melhores poemas inscritos. Evento que nos surpreendeu de tal forma que, simplesmente, não deixou muito tempo vago para programações independentes. Nem mesmo o contato que sempre fazemos com os mestres de capoeira “Exterior” (Fábio Moncalvo) e Lúcia  Meyer. Quanto ao Candombe, também não foi possível contatos locais, em compensação, dentro da programação do Evento da aBrace houve momentos líteromusicais inesquecíveis, onde não faltou cantoria mágica de músicas
folclóricas uruguaias, candombe, tango, chacarera, milonga, zambas criollos, sambas, polcas...

Difícil destacar o melhor momento, mas, apenas a guisa de exemplo, eu citaria três: 1. A apresentação – poemas, contos e cantoria – na Quinta Capurro, em Santa Lucia; 2. A apresentação na Casa de los Escritores del Uruguay (Mercado de la Abundancia); 3. Confraternização final, na Vieja Bodega, onde, especialmente os participantes uruguaios deram uma demonstração majestosa da cultura musical uruguaia e do comportamento fraterno do seu povo.

Também será difícil e arriscado destacar nomes, pois todos que se apresentaram brilharam, da brasileira Arlete Silva, cantando à capela, ao internacional compositor, escritor, poeta e brilhante cantor uruguaio Daniel Guerra, especialmente convidado para abrilhantar alguns encontros promovidos pela incansável, eficaz e simpática aBrace. Guerra, com a força do seu canto e de sua personalidade, é um embaixador natural do extraordinário, fascinante e competente mundo uruguaio. País vizinho e irmão que todos, especialmente, por motivos óbvios, o Brasil, devem procurar visitar mais e mais.

Como estratégia de viagem, com vistas a eventual visita ao Uruguaio, aconselho, de saída, navegar (Internet) no site da aBrace  (http://www.abracecultura.com/vs1/pt/) e no Youtube DANIEL GUERRA – LA ROCHENSE (1998) e DANIEL GUERRA - CIUDAD MIA (2001) - “canto popular uruguayo es una polca, muy buen tema, con paisajes del Departamento (província, estado) de Rocha (Uruguay)”.

Terminamos na próxima crônica (Montevidéu, “aquele aBrace”!).


***

IGREJA DE PLANTÃO
Religião, Código Municipal de Posturas e Solidão

Por que não existe igreja de plantão?
Existe tudo de plantão; igreja, não!
Às 4 horas da manhã,
cheio de saudade, solidão e angústia,
mais do que amigo ou analista,
preciso de um velho e sábio padre.
Mas, como?

Talvez até bastasse  apenas  adentrar,
sentir o ambiente panteísta,   ajoelhar humilde
e improvisar uma reza.
Ou nem reza precisaria,
Deus é grande, o gesto seria a reza.

Muito embora, no meu caso
(e no dela, tenho certeza)
seria de especial valia  um órgão
acompanhando  um  canto gregoriano escondido
em algum canto sagrado da Igreja e da Alma.

Mas presença de um padre, insisto,
seria realmente de fundamental importância
para mostrar o caminho da esperança e da conciliação.
Um padre que seria, por momentos,
pura e simplesmente,
a família de todos os solitários noturnos.
Especialmente aqueles, como eu,
que ousam entrar numa festa
carregando o peso de uma  incrível saudade,
e pagam o preço da audácia, saindo da festa
com a mesma saudade, só que potencializada.
Pensando melhor e magicamente,
talvez fosse  melhor um santo milagreiro
que, num piscar de olhos, colocasse a minha frente,
linda e sorridente,
o motivo de tanta saudade,

neste caso, relevem tanto devaneio,
o plantão diuturno fundamental
não seria tanto de uma igreja,
mas de padres milagreiros.
Que, até por segurança pessoal
 (milagre tem limites!),
poderiam ser distribuídos
pelos postos de gasolina mais desassombrados.
O povo teria, então, além de banco 24 horas para o bolso,
um Banco 24 Horas para a Alma!

André Luiz Lacé Lopes

IGLESIA DE TURNO
Religión, Código Municipal de Posturas y Soledad

¿Por qué no existen iglesias de turno?
Existe todo de guardia; iglesia, no!
A las 4 de la mañana,
lleno de nostalgia, soledad y angustia,
más que a mi amigo el analista,
preciso de un viejo y sabio cura.
Pero, ¿cómo?

Tal vez hasta bastase apenas entrar,
sentir el ambiente panteísta, arrodillarse humildemente
e improvisar un rezo.
O ni un rezo precisaría,
Dios es grande, el gesto sería el rezo.

Sin embargo, en mi caso
(y no de ella, tengo certeza)
sería de especial valor un órgano
acompañando  un  canto gregoriano escondido
en algún rincón sagrado de la Iglesia y del Alma.

Pero la presencia de un sacerdote, insisto,
seria realmente de fundamental importancia
para mostrar el camino de la esperanza y de la conciliación.
Un cura que sería, por momentos,
pura y simplemente,
la familia de todos los solitarios nocturnos.
Especialmente aquellos, como yo,
que osan entrar en una fiesta
cargando el peso de una  increíble nostalgia,
y pagan el precio de la audacia, saliendo de la fiesta
con la misma nostalgia, sólo que potencializada.
Pensando mejor y mágicamente,
talvez fuese mejor un santo milagrero
que en un parpadear,
colocase delante mío,
linda y sonriente,
el motivo de tanta saudade,

en este caso, releven tanto devaneo,
el plantón de turno fundamental
no sería tanto de una iglesia,
sino de padres milagreros.
Que, hasta por seguridad personal
 (¡el milagro tiene límites!),
podrían ser distribuidos
por los puestos de gasolina menos temerosos.
La gente tendría, entonces, además de banco 24 horas
para el bolsillo,
¡un Banco 24 Horas para el Alma!

André Luiz Lacé Lopes
Todos os direitos autorais reservados ao autor

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